Diversidade e Literatura #03 – Coluna de Edilayne Ribeiro

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Diversidade e Literatura
#03 – Coluna de Edilayne Ribeiro

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Você sabia que o estudo da deficiência era chamado de “defectologia”?

O nome “defectologia” assusta um pouco, né? Mas, calma! Existe uma explicação e todo um contexto por trás – se quiser saber mais sobre terminologias antigas, sua inadequação e também sua importância na história, leia este artigo Você já imaginou como era o mundo sem inclusão e será sobre isso que vamos abordar no texto de hoje.

Ah, e haverá uma continuação deste tema na coluna do próximo mês, então continue acompanhando!

A defectologia foi uma teoria estudada por um autor chamado Lev Vygotsky, por volta do século XX, e nada mais é do que uma palavra equivalente à “deficiência”, que usamos hoje! Na época, contudo, a defectologia derivava de “defeito”, que era a forma que autores como Vygotsky se referiam à deficiência. Apesar de, atualmente, rejeitarmos o uso dessa palavra nos contextos da inclusão, isso não invalida a grandiosidade da teoria, que foi uma das primeiras a focar no potencial da pessoa com deficiência, em vez de em suas limitações. Vygotsky dizia “devemos estudar não o defeito, mas a criança com um determinado defeito”, isto é, a criança em sua totalidade, com seus aspectos físicos e emocionais, seus comportamentos, interação em sociedade, o próprio curso do desenvolvimento infantil, sua capacidade de compensação e adaptação, vontades, objetivos e habilidades, para além de sua deficiência. Isso nos faz lembrar muito do motivo pelo qual lutamos tanto para dizer “PESSOA COM deficiência”, não é verdade?

No próximo texto eu levantarei mais detalhes sobre a capacidade de compensação de adaptação das pessoas com deficiência, mas por ora quero destacar outro elemento que citei no parágrafo acima: a interação em sociedade.

Vygotsky era professor e pesquisador nas áreas de Psicologia, Filosofia e Literatura, além de ter passado por universidades de Medicina, Direito e História, e em todas essas áreas seu grande tema de estudo foi a interação social, tanto é que fundou a teoria sociointeracionista, cujo princípio era a interação social como contribuinte para o desenvolvimento cognitivo. Explico melhor: estar dentro de um ambiente coletivo, com convivência, mediação de outros atores (ex.: professores, livros, natureza, tecnologia…) e a cultura é o que ajuda a nos desenvolvermos!

E o que isso tem a ver com inclusão? Bom, tem tudo a ver!

Vygotsky dedicou grande parte de sua curta vida (ele morreu cedo demais: aos 37 anos!) para aplicar todos esses temas aos estudos da “defectologia”, defendendo que mais do que as características de uma deficiência, é o meio social que pode causar grandes prejuízos para a vida da criança com deficiência. Por exemplo: a medida que a criança com deficiência vai percebendo conceitos de “normalidade” e “anormalidade”, ou é afastada do convívio coletivo, ou é tratada como um “mini-adulto”, ou frequenta uma escola que a segrega de crianças sem deficiência, é aí que se intensificam os impactos da deficiência em sociedade, sendo muitas vezes o motivo para que se agravem sentimentos de inferioridade, rejeição, distanciamento de si e do outro, problemas psicológicos e muito mais.

Com isso, percebemos, de uma vez por todas, que o problema não está e nunca esteve na deficiência. O problema, ao qual devemos estar ativamente na luta por combater, é nos desdobramentos que uma característica física, sensorial ou intelectual podem ter em sociedade; o incômodo e o medo que isso gera; a dúvida; a falta de oportunidade; a falta de métodos de ensino especializados; o desrespeito pelos processos naturais de um ser humano; a não consideração de sua existência completa… a fragmentação, a segregação, o preconceito!

O autor propõe, portanto, que a colaboração coletiva (ou seja, a interação) seja uma forma de superar essas barreiras.

Em seu livro “Problemas da Defectologia” (traduzido para o português pela primeira vez em 2021), Vygotsky rompe com as definições médicas, pedagógicas e psicológicas da época, que se preocupavam apenas com a identificação de sinais, de “defeitos”, que constatassem uma deficiência, em vez de com os aspectos positivos da personalidade e das habilidades de alguém. Para o autor, as crianças com deficiência não têm nenhum atraso em seu desenvolvimento; elas apenas atingem o desenvolvimento de outro modo – e é essa a percepção que deve acompanhá-las pelo resto de suas vidas!

Edilayne Ribeiro 
ASID Brasil – 2023

 

RIBEIRO, Edilayne Marjori. A (in)visibilidade do inglês nos anos iniciais do ensino fundamental (6 A 10 anos): um estudo de produções científicas. 2023. 124 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2023. Disponível em: https://tede.utp.br/jspui/bitstream/tede/1944/2/A%20%28IN%29VISIBILIDADE%20DO%20INGLES.pdf.

Sobre a autora:

Edilayne Ribeiro é psicóloga, especialista em Neuropsicologia e mestra em Educação, membra da Comissão de Educação Inclusiva da Universidade Tuiuti do Paraná e palestrante nos temas pessoa com deficiência e sexualidade. Atualmente é Líder na ASID em Projetos de inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho.

Sobre a ASID Brasil:

A ASID Brasil é uma ONG que promove a inclusão socioeconômica da população com deficiência. Através dos pitches e pesquisas, a ASID Brasil entende melhor o cenário para oferecer sempre uma solução bem segmentada e focada nas dores dos beneficiários. Nossa literatura é uma forma de inovação social e bom uso de informações e dados para impactar o ecossistema de inclusão. Somos agentes empreendedores que alcançam a excelência realizando mudanças sociais movido a metodologias, estudos e inteligência plural.

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