09/02/2024 – Quando a juíza auxiliar Adriana Melonio, em um gesto
trivial, perguntou ao homem que servia seu copo com água, nas
dependências do Tribunal Superior do Trabalho (TST), como ele se
chamava, não poderia imaginar a história surpreendente que o nome
ouvido em resposta, Maurício, guardava. "Eu adoro o meu nome, fui
eu que escolhi”, acrescentou, na ocasião, o garçom de 45 anos.
Maurício de Jesus Luz: nome autoproclamado e registrado em cartório,
pela primeira vez, aos 18 anos de idade, após uma cidadania quase
apagada pela violência dos vocativos “negão”, “macaco”, “capelão” e
“nego da peste”.
Maurício é um sobrevivente do trabalho escravo contemporâneo no
Brasil, realidade que usurpou todos os seus direitos, inclusive o de
ter um nome – garantia primária e imprescindível à dignidade humana.
Com informações da assessoria de imprensa do TST.
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