Protagonismo que quebra barreiras: análise do vídeo “Assume that I can so maybe I will.”

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Mulher sorrindo com blusa branca e jaqueta num filtro amarelado.

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Protagonismo que quebra barreiras: análise do vídeo “Assume that I can so maybe I will.”

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Antes de começar a leitura desse artigo, te convidamos a assistir o vídeo “Assume that I can so maybe I will” da Organização CoorDown.

Um vídeo formidável que exemplifica o potencial das pessoas com Síndrome de Down e que ganhou muita relevância digital com a frase de impacto “Assume that I can so maybe I will” (“Suponha que eu possa, então talvez eu faça”).

A ideia principal comunicada pelo vídeo é que pessoas com Síndrome de Down, assim como todas as pessoas, têm potencialidades poderosas. E que o encorajamento e a confiança são fundamentais para serem protagonistas de suas próprias histórias.

Afinal, quando é assumido que pessoas com Síndrome de Down têm vontades próprias, suas possibilidades de desenvolvimento são muito maiores.

Campanhas que desconstroem estereótipos

Dia 21 de março é o Dia Mundial da Síndrome de Down. A biblioteca virtual em saúde do site do Ministério da Saúde traz informações relevantes sobre esse dia. O texto informa que a data foi criada para enfatizar a conscientização global sobre a Síndrome de Down e foi reconhecida oficialmente pelas Nações Unidas desde 2012.

Em termos mais práticos, a data serve para que a sociedade tenha uma postura ativa de reflexão sobre seus próprios vieses inconscientes.

Neste ponto, o capacitismo, a crença de que a pessoa com deficiência não têm plenas condições de viver independentemente, é uma barreira a ser quebrada.

Quando assistimos campanhas como “Assume that I can so maybe I will” fazemos reflexões acerca das nossas próprias crenças.

A campanha é protagonizada por uma jovem com Síndrome de Down que tem autonomia, estuda, curte festas, namora e pratica esporte.

O vídeo ainda faz uma chamada direta à sua rede de apoio. Pais, treinadores e professores que exercem papéis sociais fundamentais na hora de apoiar as decisões de cada pessoa. O vídeo exemplifica que esse apoio ao desenvolvimento tem poder decisivo nas experiências de vida e autonomia.

Qual a representatividade que queremos?

A Campanha criada pela Coordown serve como um forte exemplo de representatividade que almejamos nas mídias digitais, redes e comunicação em geral.

A Colunista ASID Edilayne Ribeiro, questiona “Como seria se pessoas com deficiência fossem verdadeiramente retratadas nos cinemas?”. Ela reflete sobre a importância dos filmes, séries, novelas e narrativas culturais em incluírem pessoas com deficiência, indo além da própria deficiência. Ela atenta para o reforço de estereótipos:

acabamos mantendo estereótipos de deficiências. Essas representações mais tradicionais, apesar de valiosas, podem reafirmar clichês de superação, de falta de autonomia, de infantilização da pessoa com deficiência…”

Uma pessoa com deficiência é muito mais do que a própria deficiência e incorpora diversos outros aspectos como vida social, profissional, amorosa, por exemplo.

E como apoiar o desenvolvimento da autonomia e protagonismo?

A escuta ativa e qualificada é fundamental para atender os diferentes públicos e perfis. O Colunista ASID Leonardo Mesquita descreve uma lista de inovações sociais capazes de agregar qualidade de vida para pessoas com Síndrome de Down. 

O texto Inovações sociais no contexto da Síndrome de Down apresenta, por exemplo, a Associação Amor pra Down, cujo propósito é apoiar beneficiários a conquistar autonomia e independência. Tal iniciativa já tem um legado de 24 anos de muita entrega para a inclusão.

A própria ASID Brasil conta com o ASAS, uma solução social que fomenta a autonomia de pessoas com deficiência com base em seus próprios talentos. 

Essa metodologia já foi implementada em diversas cidades desde 2021 e é executada atualmente pela parceria entre ASID Brasil e Fundação FEAC.

“O que será do meu filho quando eu não estiver mais aqui?” Essa é uma pergunta comum a muitos pais e mães. E foi diante dela que nasceu o projeto ASAS, um método que se propõe a criar, fortalecer e ampliar a rede de apoio para pessoas com deficiência com o objetivo de proporcionar um envelhecimento com maior autonomia e qualidade de vida.

Confira o depoimento da Maria sobre essa iniciativa

As primeiras implementações do ASAS contaram com a participação de muitas pessoas com Síndrome de Down e associações que atuam com este público. O propósito do ASAS é fortalecer também as redes de apoio às pessoas com deficiência e apoiá-las na construção de planos futuros.

Outros vídeos impactantes para desconstruir barreiras

O perfil CoorDown tem uma série de vídeos interessantes que mostram o cotidiano das pessoas com Síndrome de Down. Essa comunicação serve para romper o capacitismo.

Confira alguns temas dos vídeos vinculados com o tema “Assume that I can so maybe I will”:

  • Usar ônibus;
  • Assumir importantes tarefas;
  • Andar de patins;
  • Ir para a Universidade.

Talvez, essa seja uma das Campanhas digitais mais importantes estreladas por pessoas com Síndrome de Down até hoje. O vídeo já possui mais de 18.4 milhões de visualizações só no instagram! 

Gostamos de pensar na representação das pessoas com Síndrome de Down no ambiente virtual indo além da sua própria limitação, como uma propulsora da aceitação, acolhimento e inclusão!

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