TST: Justiça do Trabalho lança nova campanha de combate ao trabalho infantil

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A Campanha “Não leve na brincadeira”, idealizada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP), será nacionalizada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). O lançamento está marcado para esta terça-feira (12), Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. A produção das peças publicitárias não trouxe ônus financeiro para a Justiça do Trabalho.

A iniciativa coincide com os objetivos gerais do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho. Entre eles está o de consolidar e ampliar o vínculo institucional da Justiça do Trabalho com a erradicação do trabalho exercido por crianças e adolescentes.

Para o presidente do TST e do CSJT, ministro Brito Pereira, conscientizar a sociedade sobre os males do trabalho infantil ajuda a romper um ciclo de pobreza. “A campanha é importante porque cerca de 2,7 milhões de crianças e adolescentes trabalham irregularmente. A maior parte abandona os estudos e não consegue garantir um futuro melhor”, assinala.

A ministra Kátia Arruda, coordenadora do Programa de Combate ao Trabalho Infantil, acredita que o tema deve ser continuamente debatido. “Ainda há muitos mitos em torno do trabalho infantil. Muitas pessoas acreditam que ele faz bem e se esquecem dos riscos a que as crianças e adolescentes são expostos nessas condições”, enfatiza.

Sobre a Campanha

A campanha institucional foi uma doação da Audi Comunicação com o apoio da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap). Entre as peças estão banners, cartazes, faixas, jornal, outdoors, revistas, spots e dois vídeos, um com 30 segundos e outro com 15 segundos de duração.

Em 2017, a iniciativa foi disseminada na região de Presidente Prudente (SP). Este ano, será divulgada em todo o País. Em âmbito local, a campanha recebeu diversos prêmios, como o primeiro lugar no festival de publicidade Festgraf na categoria Ação de Cidadania.

De acordo com o publicitário Raul Audi Júnior, diretor da agência, o material gráfico e audiovisual criado para a campanha não se utilizou de atores mirins. “Seria natural buscar a imagem da criança, mas resolvemos manter o objetivo da campanha, usando marmitas coloridas e relógios de ponto lúdicos para lembrar o universo infantil”, observa.

Trabalho Infantil no Brasil

No Brasil, cerca de 2,6 milhões de crianças entre cinco e 17 anos se encontram em situação de trabalho irregular, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estudo da Fundação Abrinq, de 2017, indicou aumento de 8,5 mil crianças de 5 a 9 anos submetidas ao trabalho precoce.

(GR/PR)

 




Com informações da assessoria de imprensa do TST.

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