Não existe uma fórmula mágica para fazer cálculos judiciais, não existe um padrão aplicável a todos, ou seja, uma metodologia de elaboração de valores e resultados. Muito do que compartilho com vocês não é regra, mas também não é exceção… é algo intangível, mas com muito valor, adquirido com o tempo, experiência, estudo e humildade, que se traduzem em números mais precisos e resultados positivos. EU VOU TE MOSTRAR COMO NÃO ERRAR MAIS NOS CÁLCULOS JUDICIAIS. Baixe o material a seguir e leia o post, vai adorar!

 

Já falei da importância do Perito nas esferas judiciais, e esse é o meu primeiro pensamento quando recebo algum trabalho seja do juízo ou dos escritórios e advogados. Vem em minha mente “que legal… fui nomeado para contribuir com a sociedade e tornar o país mais justo” isso é muito bom, e tomado por esse pensamento feliz, vou me propor a fazer o melhor que eu posso, empregar toda minha atenção e conhecimento para obter êxito no trabalho a mim confiado. Esse respeito, esse senso de responsabilidade muito alto as vezes me causa medo, mas é um medo bom, porque me mantém “ligado” no que eu preciso fazer.

Logo após a euforia do momento, minha primeira decisão é compilar todas as informações processuais em um único documento, ou melhor, uma síntese processual, onde terão informações de datas (ajuizamento, citação, admissão, demissão no caso de trabalhista), listar os documentos juntados no processo, descrever as decisões proferidas (sentença, acórdãos, e outros) e tudo mais que pode influenciar nos cálculos que serão elaborados. É muito importante fazer isso, primeiro porque teremos todas as informações necessárias para o cálculo em um único lugar e também porque não precisaremos ficar indo e vindo no processo procurando documentos. Essa síntese processual é de extrema importância para que o juiz ao dar vista ao seu trabalho, tenha um resumo processual. Sabemos que os Magistrados gostam de organização e método de trabalho, assim, se preocupe em fazer uma síntese organizada, porque é de bom tom juntar com seus cálculos. Antes de passar para o próximo passo, confira quantas vezes for necessário as informações da síntese, porque a ideia é não voltarmos mais a folhear o processo atrás de informações.

Abaixo, compartilho com vocês um modelo de síntese simples (esse foi meu modelo inicial mas com o passar do tempo fui melhorando ele), mas extremamente funcional. Tenho certeza que irá facilitar seu trabalho e ajudá-lo a realizar cálculos com mais segurança.

O próximo passo é entender os despachos decisórios (decisões) para que possamos a formular em nossa mente, a lógica de elaboração dos cálculos judiciais. Vou partir do princípio de que não somos aventureiros e se fomos procurados para fazer cálculos é porque temos algum tipo de conhecimento na matéria (lembram da responsabilidade do Perito?), mas caso não tenhamos esse conhecimento, temos que estudar, comprar livros, pesquisas na internet para que possamos entender a matéria decidida pelo juízo. Não podemos esquecer que todo o trabalho se dá inicialmente em sua mente e dela partimos para a elaboração. Cito como exemplo um processo que tenho que calcular horas extras… quando juiz defere essa verba eu logo penso… ok, então vou precisar saber qual o valor da base de cálculo, da hora normal, adicional de hora extra, quantidade de horas a pagar e assim por diante. Vejam que ao receber o problema (calcular as horas extras) minha mente já dá as respostas que eu preciso… o caminho está decifrado!!

Em seguida, passamos para elaboração dos cálculos judiciais…que veremos em próximos posts.

Espero que essa leitura seja útil para aqueles que desejam ingressar na área da perícia ou até mesmo aqueles colegas que já atuam.
Grande abraço.
Marlos Henrique

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